Frase


DEVEMOS NOS TORNAR A MUDANÇA QUE QUEREMOS PARA O MUNDO (Gandhi)


SALVE O JAGUARÍ MIRIM


O rio Jaguari-Mirim é um rio brasileiro do estado de Minas Gerais, nasce no Estado de Minas Gerais, precisamente no Morro do Serrote, município de Ibitiúra de Minas. Toma a direção Leste-Oeste e, ao entrar no solo paulista, através de Santo Antônio do Jardim, inflete de sudeste para noroeste, atravessando o município, banhando a cidade de São João da Boa Vista. Ao atingir as terra de Vargem Grande do Sul, muda seu rumo novamente, bruscamente, para o sul, servindo como fronteira municipal entre Vargem Grande do Sul e São João da Boa Vista. Caminha serpenteando as terras de Aguaí, para ser mais um tributário do rio, entra no município de Pirassununga e deságua no Rio Mogi Guaçu.


O alto curso do Jaguari-Mirim apresenta muitas quedas ou corredeiras, pois as rochas cristalinas afloram ao longo de sua calha. É um rio de planalto. No entanto, apresenta belos exemplos de meandros, principalmente ao atravessar o município de São João da Boa Vista. A geomorfologia dá a estes meandros o nome de "meandros encaixados" e são diferentes dos meandros típicos dos rios de planícies, que possuem aspectos e origens diferentes.

O rio é tão emblemático para o município de São João da Boa Vista, que foi colocado na bandeira do município, através de uma listra prata que atravessa a bandeira.

Fonte: wikipédia

·         A bacia do Rio Jaguari Mirim está localizada na porção sul do Estado de Minas Gerais e na porção sudeste do Estado de São Paulo, drena uma área de 2.154 Km², sendo 392 km² na no Estado de Minas Gerais e 1762 km² no Estado de São Paulo. Nela estão situados, parcial ou integralmente, os territórios e sedes urbanas de onze municípios, dois mineiros e nove paulistas, respectivamente: Ibitiura de Minas; Andradas; Santo Antonio do Jardim; Espírito Santo do Pinhal; São João da Boa Vista; Águas da Prata; Aguaí; Vargem Grande do Sul; Casa Branca; Santa Cruz das Palmeiras; Pirassununga.

O Rio Jaguari Mirim é um dos principais afluentes do Rio Mogi Guaçu. Ele nasce em Minas Gerais no Município de Ibitiura de Minas e deságua no Rio Mogi Guaçu, em Pirassununga, próximo à Academia da Força Aérea.
Área de drenagem — 2.154 Km²

· Cursos d'água — 3.387,44 km

· Regiões de drenagem — 43




·     Por  Flávio Ferreira Egidio
Impactos ambientais causados pela mineração

A mineração a céu aberto causa diversos impactos para o meio ambiente. Destrói completamente a área da jazida, as bacias de rejeito e as áreas usadas para depósito estéril. Tais impactos provocam danos e desequilíbrio na água, no solo, no ar, no subsolo e na paisagem como um todo, e são perceptíveis por toda população, visto que as áreas destruídas nunca voltarão a ser como antes.

O impacto causado pode ser intenso e extenso. Por exemplo, quanto a intensidade, o impacto da mineração de areia depende da topografia original, da característica e do volume de material que foi extraído, do método utilizado, do quanto foi aproveitado, etc. Quanto à extensão, destaca-se a erosão do material da superfície pela chuva, que acaba poluindo recursos hídricos e refletindo na bacia onde a mina se localiza. Esses impactos, além de prejudicar os proprietários, afetam todo o ambiente circunvizinho.
Os danos também podem ser diretos e indiretos. Os diretos alteram características físicas, químicas e biológicas do ambiente, que resultam num forte impacto visual, já que fauna, flora, relevo e solo são totalmente modificados. Os indiretos são mudanças na diversidade de espécies, na ciclagem de nutrientes, instabilidade do ecossistema, alteração no nível do lençol freático e no volume de água da superfície. As alterações na topografia podem causar mudanças na direção das águas de escoamento superficial, fazendo com que áreas que antes eram atingidas pela erosão tornem-se áreas de deposição e vice-versa. Contaminações químicas do solo decorrentes do derramamento de óleos e graxas das máquinas que operam na área também ocorrem com freqüência.


Por Wilson

 Um grande problema que vejo no rio devido às minerações, são as vazantes que são cada vez mais raras. A calha do rio vai afundando cada vez mais devido a ação das dragas, fazendo com que o barranco fique cada vez mais “alto”, dificultando que as águas na época da cheia extravase as águas para as 
“vazantes”. Isso é essencial para a ictofauna, ou seja, a vida aquática, os peixes na época da piracema, vão para lagoas às margens dos rios e desovam, ficando ali os alevinos em maior proteção e com alimentos suficientes até a próxima cheia no ano seguinte quando eles já estão maiores e com porte para ter mais chance de sobrevivência. O normal seria que ocorresse desta forma.
No Jaguarí-Mirim e algum outros corpos d`água com o mesmo problema, na época das cheias o rio não transborda ou como dizem “põe suas águas pra fora”, assim os peixes desovam no rio e poucos alevinos sobrevivem, e muito raramente quando o rio transborda, enche as lagos e há a desova, só que como a calha está baixa, o rio logo abaixa, como o solo é arenoso as águas das lagoas que estão na altura dos barrancos escoam logo para o rio, fazendo com que milhares de alevinos e peixes morram nas lagoas secas. 
São estas lagoas que ajudam o rio a manter seu nível de água durante o ano, e agora esvaziam quase em seguida ao final da cheia. Antes onde se criavam peixes, hoje cria-se mato.
Não podemos nos esquecer que com a profundidade cada vez maior do leito do rio, aumenta a queda de barranco e consequentemente de árvores, reduzindo a área de APP ainda mais, diminuindo o ecossistema daquele local, pois muitos animais sem abrigo e alimentos procuram outras áreas, e alguns se aventuram na cana-de-açucar (cultura predominante da região) e acabam queimados.

RESOLUÇÃO SMA Nº 69 , DE 06 DE NOVEMBRO DE 1997
Dispõe sobre a extração de areia e argila vermelha na Bacia Hidrográfica do rio Jaguari Mirim.
O Secretário do Meio Ambiente, no uso de suas atribuições legais e, considerando que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações, nos termos do estatuído no art. 225 da Constituição Federal;
Considerando que o Estado deve adotar medidas junto ao setor privado para manter e promover o equilíbrio ecológico e a melhoria da qualidade ambiental, prevenindo a degradação em todas as suas formas e impedindo ou mitigando impactos ambientais negativos e recuperando o meio ambiente degradado, como determina o art. 193, II, da Constituição do Estado;
Considerando que incumbe à Pasta do Meio Ambiente controlar e fiscalizar obras, atividades, processos produtivos e empreendimentos que, direta ou indiretamente possam causar degradação do meio ambiente, adotando medidas preventivas ou corretivas e aplicando as sanções administrativas pertinentes, em cumprimento ao fixado no art. 193, XX, da Constituição do Estado;
Considerando que aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, nos temos do disposto no art. 225, § 2º, da Constituição Federal, e no art. 194 da Constituição do Estado;
Considerando que as atividades de extração e tratamento de minerais constituem-se em fontes de poluição, sujeitas ao licenciamento ambiental, na forma do fixado no art. 57, I, do Regulamento da Lei nº 997, de 31 de maio de 1976, aprovado pelo Decreto nº 8.468, de 8 de setembro de 1976.


Deveria ser cobrado um estudo dos órgãos ambientais para que elaboram um conjunto de leis comprovando que o Rio Jaguarí-Mirim já não suporta mas minerações, o rio já está no seu limite. Essas leis baseadas em estudos técnicos poderiam propor que conforme foram vencendo as licenças das mineradouras, as mesmas não fossem renovadas por pelo menos uns 20 anos ou mais, e principalmente nenhuma licença nova fosse liberada. Podendo ficar com muita restrição as minerações em cava,mas também por algum tempo comprovado em estudos.



Um comentário:

  1. Só será proibida a extração de areia no rio Jaguari-Mirim quando esse já estiver morto aí não vai adiantar mais nada....

    ResponderExcluir